Aniceto dos Reis Gonçalves Viana an Hugo Schuchardt (04-03878)
von Aniceto dos Reis Gonçalves Viana
an Hugo Schuchardt
06. 10. 1888
Portugiesisch
Schlagwörter: Publikationsversand Networking Syntax Pronominalsyntax Tempus und Temporalität Werther Sociedade de Geografia de Lisboa Zeitschriften Revue des Patois Gallo-Romans Curso Superior de Letras Collège de France Portugiesisch Deutsch Englisch Spanisch Französisch Lunda Schuchardt, Hugo (1888) Schuchardt, Hugo (1887) Schuchardt, Hugo (1884) Schuchardt, Hugo (1882) Schuchardt, Hugo (1987)
Zitiervorschlag: Aniceto dos Reis Gonçalves Viana an Hugo Schuchardt (04-03878). Lissabon, 06. 10. 1888. Hrsg. von Silvio Moreira de Sousa (2014). In: Bernhard Hurch (Hrsg.): Hugo Schuchardt Archiv. Online unter https://gams.uni-graz.at/o:hsa.letter.1551, abgerufen am 12. 09. 2024. Handle: hdl.handle.net/11471/518.10.1.1551.
Lisboa, 6 de Outubro de 1888
R. do Carrião, 21, 3.º d.º
Ex.mo Amigo
Recebi e muito agradeço o fasciculo II dos Beiträge zur Kenntiss [sic] des kreolisch Romanischen,1 e não II e III, como na sua presada carta de 26 de setembro ultimo me accusava, e bem assim o fasciculo do Romano-baskisches.2 Leite de Vasconcellos3 recebeu o II dos Beiträge unicamente, e incumbe-me de lhe agradecer sentindo não ter o resto (I e III).
Meu amigo! Cresce a minha admiração com o que me relata: pode escrever em português sem auxilio de diccionario, não lhe sendo esta lingua familiar, e estando de mais a mais habituado a escrever em castelhano e naturalmente a tambem a fallar. De modo que, independentemente de outros idiomas que não menciona e que serão ou germanicos, ou romanicos ou slavos [sic], tem na memoria o vocabulario indispensavel para sem maior hesitação se expressar, e com a propriedade que lhe reconheço mesmo em português, que confessa não lhe ser habitual, em idiomas entre si tam apartados, quanto o são o cymbrico, o hungaro, o vasconso e o castelhano, não citando ainda o peculio de regras grammaticaes, e omittindo tambem outras linguas de que seguramente conhece os elementos grammaticaes e grande parte do lexico!
Eu, pela minha parte, e mesmo assim sou dos mais bem prendados a esse respeito, nesta terra remota a societate gentium, posso apenas expressar-me com facilidade decrescente nas seguintes linguas: português (forte milagre!) francês, castelhano, italiano, inglês e allemão (este ultimo já com difficuldade); entendo menos mal latim, e sem maior trabalho qualquer outro idioma romanico ou germanico que leia, com excepção do islandês, que assim como o grego e hebrai|2|co, pelo pouco que os tenho estudado, só com difficuldade e de grammatica à vista e diccionario na mão posso perceber. Paro aqui: de outras linguas sei umas lambugens para me guiar nos meus estudos predilectos, et rein de plus, porque não conto como sabendo sufficientemente, mesmo só para este fim, o sanscrito e os idiomas esclavonicos, de que sómente com muitissima diligencia e após grande fadiga posso comprehender nos livros qualquer texto facil, pois nunca me appliquei a estudar aquelle ou estes com a attenção necessaria para que se me tornasse em certo modo familiar o seu lexico. Apenas em tempo intentei apprender melhor polaco, e ainda cheguei a traduzir tres capitulos, que conservo ineditos do Portugalia4 do Prof. Adolpho Pawiński.5 Emprehenderei este hinverno todavia o estudo do russo, por o conhecer indispensavel, e porque nada quasi delle sei.
Com respeito ás orações que o meu amigo agrupou em allemão, vou dar a traducção usual portuguesa dellas, principiando por notar que, na oração minha que indica – de que me não recordo -, em qualquer circunstancia o pronome atono me precederia o verbo (de que me recordo – de que me não recordo): no 1º caso porque a phrase começa por um pronome relativo, no 2º por um adverbio essencial á oração, não; a collocação de me com relação a não é indifferente – (de que me não recordo – de que não me recordo) sendo a 2ª construcção mais familiar e espontanea, a 1ª mais meditada, mais de quem está escrevendo, mais esmerada e idiomatica[.]
Vamos ás phrases allemãs, devendo advertir já que: I em todas as orações negativas o pronome complemento precede o verbo conjugado; II, que o mesmo acontece quando a oração começa por pronome interrogativo, relativo, por adverbio essencial à oração ou por preposição governando essa oração. Darei exem|3|plos:
Quem o dá? | Wer gibt ihn? | Pron. interrogativo |
quem o dá | wer ihn gibt, | " relativo |
Como é que o fazes? | {Wie thuest du es? | " Adverbio essencial interrogativo |
quando o fizeste | als du es gethan hast | Dicto relativo |
sem o fazeres | ohne dass du es thuest | prep. governando verbo |
Traducção das phrases allemãs
Posposição (Nachstellung)
Orações principaes affirmativas
1){ | Er gibt ihn | dá-o | } | Coincide a construção allemã com a portuguesa |
er hat ihn gegeben | deu-o, tem-no dado | |||
I){ | Imperativo gib ihn! | dá-o! |
N. Não incluo negativas porque estas, como disse, exigem a anteposição dos pronomes com relação ao verbo.
2) | } | Coincide a construção allemã com a portuguesa | ||
Orações subordinadas, sem clisão ou com ella | ||||
kaum gibt er ihn , mal que o deu | ||||
elle disse – dá-lo,
melhor elle disse que o dá | } er sagt, er gebe ihn |
Anteposição (Vorstellung)
Tambem usual nas orações subordinadas
1) Wenn er ihn gibt – se elle o dá
dasz [sic] er ihn gegeben hat – que o tem dado
2) Infinito
er glaubt ihn zu geben um ihn nicht zu geben | julga dá-lo ou julga-o dar [mais usual julga que o dá] para o não dar, para não dá-lo para não o dar | } | Construcção facultativa |
N.
1º) Nas orações de infinito sem preposição é mais usual a posposição do pronome; naquellas que são regidas de preposição a collocação preferida é a de anteposição dos pronomes atonos[.]
2º) A regra de anteposição com orações negativas não é de rigor mas de infinito.
Aqui tem o meu amigo o que o uso actual tem sanccionado no português do Continente. Haveria mais que dizer, mas o methodizar a doutrina não caberia nos limites de uma carta; qualquer duvida , que ainda lhe reste, consubstancie-a em uma ou duas phrases, que traduzirei, motivando a traducção que fizer, e auctorizando-a com textos, se quizer[.]
O facto incontestavel da existencia de um só preterito, reunindo as funcções do prétérit défini e as do prétérit indéfini francês estabelece na realidade uma situação muito especial para o português entre as linguas romanicas, como representante mais proximo da concepção do tempo nos verbos em latim, havendo pois escapado ao que #supponho influencia germanica, em não admittir o preterito syntactico formal pelo auxilio habere e o part. passado passivo, como admittiram todas as outras linguas romanicas, segundo presumo. Sei muito bem que o emprego que delles se faz está longe de coincidir em todas as linguas, quer germanicas quer romanicas. Eu estabeleço para meu uso as distinções que vou indicar summáriamente.
a) A acção é dada como preterito, e pode ter-se effectuado num periodo conhecidamente já decorrido, e cujo agente é considerado como ausente com relação ao periodo actual em que se enuncia o facto. É o preterito historico, ou narrativo: em todas as linguas romanicas e germanicas é o preterito morphico ou simples (Abstraho da distinção entre preterito imperfeito, em geral não expressa nas linguas germanicas pelo verbo) |5|
b) A acção é dada como tendo-se realizado num periodo de tempo de que se não indica se está ou não decorrido, mas cujo agente se #suppõe ou se sabe que existe, permanecendo os resultados da acção:
Francês Italiano Allemão | }preterito syntactico com o ppp | Castelhano Português Inglês | }Preterito simples (perfeito) |
c) A acção é enunciada como havendo-se realizado em um periodo que ainda está decorrendo:
Francês Italiano Castelhano Inglês Allemão | }preterito syntactico com o ppp | Português | }Preterito simples (perfeito) |
O hollandês e as linguas escandinavas creio que se regulam pelo allemão, talvez com menos rigor; o provensal e catalão pelo castelhano, inclinando-se para a construcção francesa, tanto mais que o catalão tem um preterito a mais, formado com va e o infinito. Com relação aos romanches e ao romeno, nada poderei aventurar, porque nunca investiguei a funcção dos tempos nesses romanços, de que poucos textos tenho lido. (Se fôsse um só diria li)[.]6 É claro que dou estas normas como muito geraes, e que outras regras especiaes as invalidarão em casos tambem especiaes. assim em inglês (onde tambem se estabeleceu uma linguagem verbal que equivale ao imperfeito das linguas romanicas – she would read = ella lia, elle lisait, ella leggeva; she read = ella leu, elle lit) em inglês, repito, nas orações interrogativas, é manifesta a preferencia do typo did he go?, com prejuizo do typo has he gone?
Assim tambem, quando o preterito composto (habeo + ppp) em |6| francês designa uma acção completa, ultimada e necessaria, prevista e usual, como por exemplo, avez vous diné?, castelhano ha comido U.?, no português correspondente acrescenta-se o adverbio já – já jantou?, o senhor jantoujá? – O senhor tem jantado? não se entenderei semelfactivamente; mas se perguntarmos, o que tem jantado esta semana? será a phrase correcta e perfeitamente intelligivel e communissima, porque mais de uma vez a pessoa a quem interrogamos terá praticado essa acção, é iterativa a proposição: a resposta seria, por exemplo: Uns dias carne e outros peixe[.]
Com maior generalidade direi que em inglês e castelhano, para que se empregue o preterito composto, é necessario que o periodo se saiba bem que está decorrendo; no caso contrário usar-se-á o simples: em allemão, francês e italiano, é necessário que se saiba bem que o periodo é já decorrido para que se use do simples; ao contrário empregar-se há o composto: em português é necessario que a acção se haja repetido ou se tenha continuado até o momento da sua enunciação para que se empregue o composto com ter + ppp; fora disso é sempre o simples. O numero de traços indica nos tres grupos a proporcionalidade da frequencia provavel de cada linguagem verbal. Á phrase citada pelo meu amigo – ich sah ihn gestern ou melhor, como diz, ich habe ihn gestern gesehen, corresponderá em francês – je l’ai vu hier; em castelhano lo vi ayer, em inglês, I saw him yesterday, em português, vi-o hontem. Ao contrario, ich habe ihn heute gesehen, será em francês[,] em inglês, em cast. respectivamente: je l’ai vu aujourd’hui, I have seen him today, lo he visto hoy; mas em |7|português vi-o hoje, a não ser que o visse mais de uma vez, ou o estivesse continuamente a ver.
Fiz perceber bem o emprego do preterito composto em português? (Veja tambem a “Grammatica francesa“7 de J. Ignacio Roquete,8 onde se aponta a distincção do emprego deste preterito em francês e em português.
Aceito com muito reconhecimento o offerecimento que me faz do seu livro Slavo-Deutsches,9 de que tenho noticia, mas que ainda não li, nem por aqui se encontra de modo algum como retribuição, mas sim como penhor de estima e de admiração, envio-lhe a traducção que em tempo fiz do Werther10 de Goethe,11 e cujo unico valor é que está escripta em português, até onde eu o sei, e o mais fiel que pude fazê-la sobre o texto allemão, cujas feições de estilo procurei reproduzir, evitando o tom piegas das traducções francesas.
Vasconcellos Abreu12 vae tambem enviar lhe o seu livro “Literatura e Religião dos Árias na India“.13 São os primeiros dois volumes, e provavelmente já agora os ultimos de uma Biblioteca, que nós dois e Consiglieri Pedroso14 emprehendemos. O livro de Vasconcellos posso affiançar que está escripto em português de lei. Nessa bibliotheca, e os dois vol. são disso testemunho, empregavamos uma orthographia rigorosamente historica mas simplificada, cujo plano é principalmente meu, e minha a execução, e que pela sua singelleza facilitará a complicada leitura do português, quasi tam vago nas vogaes como o inglês, e com uma ortographia usual que bastante se aparta da pronuncia.
Tenho tenção de procurar Brito15 na sociedade de Geographia,16 logo que esta reabrir as sallas, porque actualmente quasi todos os socios estão em villeggiatura. |8| Traduzirei o essencial dos Kreolische Studien17 deante delle, porque não percebe allemão.
Quer que lhe mande algumas notas sobre o Romano-Baskisches,18 ou q. as publique?19
A grammatica20 de que dei noticia não é bunda, mas lunda, dialecto egualmente banto, e é precedida de notas sobre phonologia, e de um esboço de morphologia. O seu auctor, o Major Henrique de Carvalho,21 chefe da expedição portuguesa ao Muatiánvua, residiu quatro annos na Africa, littoral e sertaneja. Tive com elle já umas conferencias, para determinar rigorosamente, quanto possivel seja, os sons, ouvindo dois moleques (pretos adolescentes) que consigo elle trouxe. Tenciono escrever uma analyse da parte glottologica do relatorio da expedição, trabalho que está sendo impresso por conta do Estado. A parte glottologica é acompanhada de um vocabulario de cinco dialectos cafreaes, illustrado com gravuras que representam armas, utensilios, moveis, ferramentas, ornatos, trajes, penteados, etc. Está incumbida a composição typographica ao mais habil compositor da Peninsula, Dias Coelho,22 o que compôs os trabalhos de Sanscritologia de Vasconcellos Abreu, o bullario hingarita, o tratado em arabe celebrado com o sultão de Zanzibar, e outros primores da typographia portuguesa.
Espero ansiosamente o seu trabalho port. sobre crioulos[.]23 Tenho lido, ainda que de relance, a „Revue des Patois Gallo-Romans“,24 a notação parece-me confusa, e extravagante ás vezes (Ch!), e portanto acho exagerada a opinião favoravel de Paulo Meyer25 (Rom. 1888, III fasc.);26 muito #superior é o alphabeto de Lundell27 (Tidskrift. Svensk. Landsmål.).28 Li o artigo de Psichari,29 que é notável. É para mim novo ϮϮϮ = ρϮ.
De todos os que o meu amigo gentilmente denomina Mitforscher muitas recomendações e saudações
Seu muito dedicado e affectuoso admirador
Aniceto dos Reis Gonçalves Vianna
1 Schuchardt, Hugo. 1888. ' Beiträge zur Kenntnis des kreolischen Romanisch II. Zum Negerportugiesischen Senegambiens'. In Zeitschrift für romanische Philologie 12: 301-312. [Archiv-/Breviernummer: 208]
2 Schuchardt, Hugo. 1887. 'Romano-baskisches I. P-'. In Zeitschrift für romanische Philologie 11: 474-512. [Archiv-/Breviernummer: 200]
3 José Leite de Vasconcelos (1853-1913) korrespondierte ebenfalls mit Schuchardt [Korrespondenzpartner: 999].
4 Pawiński, Adolf. 1881. Portugalia: listy z podróży Adolfa Pawińskiego . Warschau: Gebethner i Wolff.
5 Adolf Pawiński (1840-1896) war ein polnischer Historiker und Professor für Geschichte an der Kaiserliche Universität Warschau.
6 Vermutlich hat Schuchardt “li” eingefügt.
7 Roquete, José Inácio. 1850. Grammatica elementar da lingua franceza, e arte de traduzir o idioma francez em portuguez, com um vocabulário mui completo de idiotismos e provérbios . Paris: J. P. AilIaud, Guillaud & C.a.
8 José Inácio Roquete (1801-1870) war ein portugiesischer Geistlicher, der nach England und nach Paris in das selbstgewählte Exil ging.
9 Schuchardt, Hugo. 1884. Dem Herrn Franz von Miklosich zum 20. November 1883. Slawo-deutsches und Slawo-italienisches. Graz : Leuschner & Lubensky. [Archiv-/Breviernummer: 160]
10 Goethe, Johann Wolfgang von. 1774. Die Leiden des jungen Werther . Leipzig: Weygandsche Buchhandlung.
11 Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832) war ein deutscher Dichter und weimarischer Staatsmann.
12 Guilherme Augusto de Vasconcelos Abreu (1842-1907) war ein portugiesischer Geograf und Professor für sanskritische Literatur auf der Curso Superior de Letras.
13 Abreu, Guilherme de Vasconcelos. 1885. Literatura e Religião dos Árias na Índia . Paris: Guillard Aillaud.
14 Zófimo Consiglieri Pedroso (1851-1910) war ein portugiesischer Ethnograph, sowie ehemalige Professor und Leiter des Curso Superior de Letras.
16 Sociedade de Geografia de Lisboa.
17 Schuchardts Kreolische Studien I bis IX [Archiv-/Breviernummern: 132; 133; 147; 148; 149; 150; 210; 211; 232] wurden zwischen 1882 und 1890 veröffentlicht. Die unveröffentlichte Arbeit Kreolische Studien X aus dem Nachlass wurde 1987 von Wolfgang Viereck herausgegeben: Schuchardt, Hugo. 1987. 'Kreolische Studien X: Über das Negerenglische in Westafrika. Aus dem Nachlaß herausgegeben mit Einleitungen und Anmerkungen von Wolfgang Viereck'. In Anglia. Zeitschrift für englische Philologie Band 105, 1/2: 2-27. [Archiv-/Breviernummern: noch nicht angegeben].
18 Schuchardt, Hugo. 1887. ' Romano-baskisches I. P-'. In Zeitschrift für romanische Philologie 11: 474-512. [Archiv-/Breviernummern: 200].
19 Es liegen keine Informationen vor.
20 Vermutlich wird das folgende Werk gemeint: Dias de Carvalho, Henrique A. (1890). Método prático para falar a língua da Lunda . Lissabon: Imprensa Nacional.
21 Henrique Dias de Carvalho (1843-1909) war ein portugiesischer Militär und ein Afrikaforscher. Er war auch der erste Governeur von Lunda, Angola.
22 Dazu liegen keine Informationen vor.
23 Es liegen keine Informationen vor.
24 Die Zeitschrift Revue des Patois Gallo-Romans wurde 1887 von Jules Gilliéron und Jean-Pierre Rousselot gegründet.
25 Paul Meyer (1840-1917) war ein französischer Romanist und Professor für die Sprachen und Literatur Südeuropas am Collège de France.
26 Meyer, Paul. 1888. ‘ Revue des Patois Gallo-Romains. Recueil trimestriel, publié par J. Gillieron et l’abbé Rousselot. Paris, Champion; Neuchâtel, Attinger frères ’. In Romania 17:322-325.
27 Johan August Lundell (1851-1940) war ein schwedischer Sprachwissenschaftler und Professor für slawische Sprachen auf der Universität Uppsala. Er entwickelte das Landsmålsalfabetet; dieses phonetische Alphabet wurde in der dialektalen Forschung verwendet.
28 Vermutlich ist folgender Artikel gemeint: Lundell, J. A. 1879. ‘ Det svenska Landsmålsalfabetet ‘. In Svenska Landsmål 1, 2:11-157.
29 Gemeint ist vermutlich folgendes Werk: Psichari, Jean. 1888. ‘ Observations phonétiques sur quelques phénomênes néo-grecs ’. In Mémoires de la Société de linguistique de Paris VI: 303-323.