O Anonymo. Repartido pelas semanas, para divertimento e utilidade do publico: Num.° 11
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Livello 1
N.°.11
Sobre os eclipses.Livello 2
Huma das couzas mais ordinarias a que estam sogeitos
os Astros he padecer Eclipses, porque movendo-se sempre
incessantemente com hum curso diutumo; e perpetuo
necessariamente devem passar huns pelos outros com cuja
passagem, mediando tambem a interposição da sombra da terra, ham
de padecer oscuraçam na sua luz. Os mais frequentes
Eclipses sam os dos Satelites de Jupiter, porém os mais
conhecidos ao commum, a quem falta o estudo, a aplicaçaõ
particular da ciência de Astronomia, saõ os dois Planetas
mayores o Sol, e a Lua, e como destes Eclipses por serem mais
sensiveis, he mais geral o su conhecimento, daremos em beneficio
dos curiosos alguma noticia sobre esta parte da Astronomia, sem
entrarmos a tratar especificamente della por naõ ser o meu
intento nestas folhas volantes fazer tratados, mas communicar
algumas instrucçoens, que ao mesmo tempo divirtam, sirvam tambem
de utilidade aos curiosos leitores, e para isto me deo occasiam
ver, e ouvir muitas pessoas que julgaõ esta necessaria
consequencia do movimento destes Planetas por huma cousa
extraordinaria, e como conceito erroneo lhe atribuem influencias
particulares, quando he cousa regular o tempo periodico com que
succedem semelhantes phenomenos, ainda que os antigos formavam
delles huma idéa medonha como presagios das mais funestas
afliçoens, e consequencias, o que ha muito tempo tem desterrado
como abuzo, a deligencia, e trabalho dos modernos. Para entrar
neste trabalho, me deo occaziaõ mais proxima o nosso Diario
Eclesiastico, vulgarmente chamado a Folhinha, porque faz mençaõ
de dous para este anno de 1753. hum da Lua em 17. de Abril, e
outro do Sol em 26. de Outubro, e isto me fez lembrar offerecer
aos curiosos o prefente discurso, deixando para os Profeissores,
o seu propio lugar para mais cientificamente tratarem esta
materia, como parte integrante da ciencia Mathematica,
protestando sempre que naò he o meu intento meter a fouce em
feara alhea. Devem saber os meus curiozos leitores, que o Eclypse naõ he outra cousa maes que huma obscuraçaõ
de hum Planeta pela interposiçaõ de algum corpo solido, opaco,
ou oscuro entre elle, a nossa vista, ou entre elle, e o Sol. e
isto a respeito de huns, como de outros por ser geral esta
doutrina. Ao Eclypse do Sol se devia chamar antes Eclypse da
terra, por ser a privaçaõ da luz do Sol para huma parte da
superficie da terra, do que dizermos eclypse do Sol quando se
observa, ou experimenta aquella privaçaõ; o que succede quando
está em comjunçaò com a Lua nos nodulos da Ecliptica, e que se
acha interposta entre o Sol, e a terra Ordinariamente succede o
Eclipse da Lua quando he plenilunio, ou quando se chama Lua
chea, e oposta ao Sol nos mesmos nodulos, e que a sombra da
terra cahe sobre o disco da Lua, e impede que naò receba toda,
ou parte, da sua luz. Disto procede naõ haver eclypse todas as
vezes que a Lua está entre o Sol, e a tera, ou a terra entre o
Sol, e a Lua, porque ordinariamente estes tres corpos naõ estam
exactamente sempre em linha recta, e por consequencia aquelle,
que devia fazer o Eclypse lança a sua sombra para hua ilharga do
que havia de ficar eclypsado. Dividem todos os Astronomos o
Eclypse da Lua em parcial, q̃ he quando a Lua escurece sómente
em parte; e em total demora q̃ he quando a lua inteiramente se
escurece, e q̃ se naõ demora tempo consideravel; e em total sem
demora; q̃ he quando a Lua inteiramente se escurece, e q̃ se naò
demora tempo consideravel; e em total com demora que he quando
todo o corpo da Lua está obscuro, e que se demora algum tempo na
sombra. Alem destas divizoens chamam tambem Eclypse central a
hum Eclypse total de sorte que o axe da sombra, ou do Cone, que
faz a sombra da terra passa pelo centro da Lua. Mas
para melhor clareza, dizendo o mesmo que fica referido, se póde
dizer de outra sórte mais inteligivel aos que naõ tem o uzo
desta ciencia; que a Lua pòde estar em oposiçam perfeita quando
suceder acharse o centro da Lua, da terra, e do Sol quasi em
huma mesma linha, e embaraçando a espessura da terra a passagem
da luz directamente para chegar ao corpo da Lua achando se entam
esta na sombra se Eclipsa totalmente. Mas se o centro da terra
estiver alguns gráos distante desta linha, que a nossa
imaginaçaõ póde entram tirar mais que hua porçam da metade
luminoza da Lua, e nam aparecerà inteiramente escurecida, e a
isto he que se dá o nome de eclipse parcial. Tambem muitos
Astronomos dam aos Eclipses os nomes de medio, e verdadeiro: o
medio he quando succede na meya conjunçaõ, ou na meya opposiçam;
e isto ou seja do Sol, ou seja da Lua, porque para ambos aplicaò
a mesma doutrina, porque fora dos tempos de conjunçaõ, ou
opposiçaõ destes Planetas naò ha Eclipses. A respeito dos
Eclipse do Sol. Estes saõ de menor duraçam do que os da Lua, e a
razam he porque o movimento proprio da Lua sendo de Poente para
Nacente acaba o seu curso, ou mes periodico em 27. dias, e meyo,
e pouco mais, correndo neste tempo quazi os 360. graos, e assim
he precizo que ande 13. graos em hum dia, e por consequencia
corre mevo grao em cada hora, e pouco mais, e este meyo grao he
quazi a grandeza do diametro aparente do S ol, e assim quando
succede o mayor Eclipse do Sol, isto he quando he
total, para a Lua o cobrir, emprega huma hora, que he metade da
duraçam de hum Eclipse, e para se retirar de diante do Dilco do
Sol he precizo outra hora inteira. Por huma razam muito
semelhante à que fica dita sobre os Eclipses da Lua, se pode
entender o Eclipse do Sol; porque vemos que a Lua quando se acha
em conjunçaõ com o Sol pode ter o seu centro sobre huma linha,
ou perto della, a qual se imagina que infia o centro da terra
por huma parte, e o Sol pela outra, e neste cazo a Lua tira à
terra a vista do Sol, e o Eclipia ou inteiramente, ou o esconde
em parte. Mas quando a Lua, ainda que interposta, estiver
distante desta linha metade, ou mais da sua figura, entam a
interposiçaõ do corpo Lunar naõ cauza novidade alguma.
Avançandose no dia seguinte treze graos sobre o Sol para a parte
de Nacente, acaba o seu circulo em 27. dias, porem naõ acha o
Sol no ponto em que o deixou, depois da sua conjunçaõ
precedente, e por isso nam succede Eclipsarse. Como o Sol se
avança para o Nacente no espaço de hum anno, o mesmo que a Lua
em hum mez, naõ chega, nem torna a passar defronte do Sol se nam
em 29. dias. Mas nestas revoluçoens perpetuas he sempre muito
diverso o seu curso, de sorte que muitas vezes passa por baixo
do Sol sem produzir Eclipse, e se acha muitas vezes tambem em
oposiçaõ com elle sem se escurecer pelo obstaculo do corpo
terrestre, sendo certo que para se formar Eclipse, he necessario
que Lua nas suas revoluçoens, venha acharse com o Sol em hum
mesmo ponto, ou quazi se pode dizer que os Eclipses se formam,
ou aparecem por huma revoluçam periodica, e que tem certo
periodo de tempo em que succede como adiante se verá. Pode tambem haver a respeito do Sol, hum Eclipse central,
como na Lua, e que com effeito naõ seja total, e isto pode
succeder quando no tempo do Eclipse se achar a Lua no seu
Apageo, e mais distante da terra; porque entam achandose o
centra da Lua a nosso respeito na mesma linha, que o centro do
Sol, será sim central o Eclipse, mas naõ total, porque a Lua se
acha mais perto do Sol, e por ser tambem o seu disco muito mais
pequeno que o do Sol, nam pode occultar masi que huma parte
muito pequena, e pode fazer que ao redor da parte Ecclipsada do
Disco do Sol fique com hum anel de luz, que a Lua infalivelmente
neste cazo naò hade poder cobrir, e por esta razam semelhantes
Eclipses se chamaò annulares, os quaes sam muito raros, de forte
examinando exactamente Monfr. Struyck todos os Eclipses que tem
succedido desde o anno de 721. atè o de 1485. nam encontrou mais
do que hum. Achando dos centraes dous, e dos totaes 90. Conforme
o com puto ordinario dos Authores; mas sendo este grande sujeito
de hum incansavel trabalho, e hum dos melhores calculadores que
ainda vive em Amsterdam, por meyo do seu grande estudo alem
destes achou desde o anno 401. atè o de 1469. ter havido
Annulares sómente o mesmo Totaes 59. e centraes os ditos. Tudo a
respeito de diferentes Meredianos, que tam raros sam os
Annulares, e centraes. Geralmente falando succedem mais Eclipses
do Sol, que da Lua; mas em particular, ha algumas terras em que
ha mais Eclipses da Lua do que do Sol, e a razam disto he,
porque o Eclipse da Lua aparece sempre sobre todo o Emisferio da
terra, sobre a qual a Lua está em quanto dura o Eclipse; mas o
Eclipse do Sol nam aparece se nam partes da terra a respeito das quaes esconde o Sol. A Lua nunca pode
evitar o Eclipse de sinco em sinco mezes, e o Eclipse do Sol
pode ser muitas vezes precedido quinze antes, e seguido quinze
dias depois de hum Eclipse da Lua. Se este lugar fosse
proporcionado para se tratar Methodicamente alguma materia,
apontaria os meyos seguros tambem para se produzirem os
Eclipses, e de saber sobre que Horizonte hamde aparecer; mas
passe sómente por noticia curioza, que Romer achou a invençam de
huma Machina, ou especie de planisferia, que por meyo de hum
ponteiro movel, marca todos os Eclipses dos Planetas, que tem
havido, e hade haver, e he huma invençaõ maravilhosa, que se
acha no Observatorio Real de Pariz, com outras muitas Machinas
curiosas, e de grande ferventia. A razam porque a esta
obscuraçam dos Planetas se chama Eclipse, he porque o grande
circulo que os Astronomos, e Geografos descrevem no meyo do
Zodiaco sobre a Esfera, para marcar o curso annual do Sol, e o
caminho que faz (ou que parece fazer) por seu movimento
particular, de donde se naõ aparta nunca nem para huma, e outra
parte, se chama Ecliptica, e como a Lua quando he nova, ou cheya
se pode encontrar como o Sol nesta linha, ou perto della,
opondose ou por conjunçaõ, ou por opposiçam lhe escurece mais,
ou menos a luz, por isso se chama a esta obscuraçam Eclipse
derivado do lugar em que sómente pode succeder. Para se
determinar a duraçam de hum Eclipse do Sol, ou da Lua se divide
ordinariamente o diametro de ambos os Planetas em 12. partes
iguaes, a que se chamaò digitos Eclipticos, e cada digito em
sessenta minutos. Pelo que quando dizemos que o Eclipse he de 8. ou 10. digitos he porque o Astro se acha
escurecido em outras tantas partes do seu corpo, que se supoem
dividido em doze digitos, ou partes iguaes. Algumas vezes
succede dizerie que os Eclipses da Lua sam de mais 12. digitos,
porque a sombra da terra cobre mais do que o disco da Lua fica
por muito tempo sem sombra, e entam he que o Eclipse da Lua he
total com demora, o que naõ pode nunca suceder ao Sol, e por
isso o que succedeo na morte Christo foi milagroso, e sobre
natural, porque naturalmente naõ podia ser Eclipse desta
natureza. Alem destes Eclipses do Sol, e da Lua, se descobriram
os dos satelites de Jupiter, e suposto que os Eclipses daquelles
dous Planetas mayores serviraõ e servem de hum grande socorro
para a Geografia, como o descobrimento destes ultimos foi de
muito melhor uzo, e de mayor utilidade para se saber com mais
certeza as longitudes dos lugares, e para este effeito saõ muito
mais comodos, e muito mais seguros que os do Sol, ou da Lua àlem
de serem muito mais frequentes. O grande Cassini fez humas
taboas dos movimentos do primeiro satelite de Jupiter, cujas
taboas servem para calcular os Eclipses deste satelite, e o
tempo das suas immersoens, ou naçaõ das differenças em
longitude. Observem duas pessoas em differentes lugares huma
mesma immerçam, ou emerçam, e conferindo o tempo das suas
observaçoens para conhecerem a differença da hora, minuto, e
segundo da cada huma, e convertendo esta differença em graos, e
em minutos contando quinze graos em cada hora, hum grao por
quatro minutos, e hum minuto por quatro segundos, dá a
differença de longitude destes lugares em graos, e
minutos. Havendo a Taboa das immersoens, e omerçoens, ou que
estas se tiverem calculado pelas Taboas de Cassini, que sam de
hum uzo muito facil, nam he precizo mais que observar huma
immersam ou emersam do primeiro Satelite de Jupiter; e a
diferença do tempo entre a observaçam, e o calculo feito sobre
as taboas, que sam construidas para o meridiano de Pariz, dara a
differença de Longitud entre Pariz, e o lugar da observaçam. Mas
isto supoem sempre algum conhecimento da Astronomia, e por isso
parecerà a muitos superfluo, e desnecessario dirigir ao commum
esta curiozidade, mas talvez que sirva para incitar alguns ao
estudo desta ciencia, em que ha poucos que a prosessem como em
muitos Reynos em que a julgam de absoluta necessiade para os
negocios politicos de seus estados. Mas como os simplemente
curiozoso podem encontrar a respeito dos Eclipses os termos de
incidencia, immersaõ e mercam, e expurgaçam parecem que lhe devo
dizer, que a incidencia, ou immsersam, he o principio de hum
Eclipse da Lua, do Sol, ou de ontro qualquer planeta; isto he o
instante em que a Lua principia a esconder huma parte do Sol, ou
em que a Lua principia a escurecer, e a entrar na sombra da
terra, Emmersam, ou expurgaçam, he quando o Sol principia a
tornar a aparecer perfeito, ou que a lua sahe da sombra da
terra. Quanto ao tempo de succederem os Eclipses, nam ha duvida
em ser periodico, e haver nelle hum certo genero de
regularidade, e por esta razam se pódem predizer muito
antecipamente, salvo os milagrozos, e extraordinarios, porque
estes estam fóra do conhecimento humano, cujo conhecimento
futuro deixou Deos Senhor nosso rezervado para a sua infinita sabedoria. Este periodo do tempo quasi se faz
certo pelo calculo de Monsr. Struick, porque diz que parà a Lua
se achar no mesmo ponto, ou perto delle com o Sol; depois de
succeder hum Eclipse, hade discorrer ao redor delle 6444. vezes,
no q̃ pelo seu calculo acha hade empregar 521. A. e assim
acrescentando se estes ao anno do Eclipse succedido, no que
rezultar, quasi precizamente hade corresponder outro no mesmo
tempo, havendo se sempre respeito aos annos bisextos por cauza
dos dias intercalares; este calculo he bastantemente
impertinente, e por isso o deixo de fazer agora, rezervando para
melhor tempo tomar tam grande trabalho, porque me parece que he
couza para que poucos hamde olhar, mas para mostrar a verdade
deste movimento periodico, sómente mostrarey alguns exemplos,
que sirvam de estabelecer este conhecimento, da revoluçam
periodica dos Eclipses, e de ser provavelmente justo no tempo,
ou espaço de 521 annos succederem os Eclipses no mesmo ponto, no
mesmo mez, e ainda no mesmo dia. Annos Annos Da Lua
1154. Jan. I. 521. 1675. Jan. I. Total. 1160. Ag. 18. 521. 1681.
Ag. 18. Parcial Do Sol 1178. Set. 13. 521 1699. Set. 13. E nam
refiro muitos outros porque saõ muito maes, e me parece
desnecessaria outra prova e para inteiramente satisfazer algumas
pessoas q̃ nam desprezam este meu trabalho, he tambem justo lhe
dê alguma noticia dos eclypses tanto do Sol como da Lua ham de
succeder atè o anno de 1764. para que se naõ assustem, ou tenham
por coula extraordinaria, vendo que naturalmente pela revolucaõ
dos Planetas devem precizamente suceder, sem que isto comunique
ao anno influencia alguma maligna, ou que seja sucesso a que
venha annexa alguma circunstancia funesta, como conceituavam os
antigos, julgando os eclypses por cousa estranha, e naò
movimento proprio, e regular dos Planetas. Principio, 1753.
Abril 17 da Lua 4. 17. Tarde. Outubro. 26 do Sol. 7. 44. Dia.
1755 Março. 27 da Lua 12. 49. Noute. 1755. Fever. 4 da Lua 7.1.
Dia. Julho. 30 da Lua 11. 57 Noute. 1758 Janeiro. 24.da Lua 5.
54. Dia. 1759 Janeiro. 13. da Lua 8.10. Dia. 1760 Mayo. 29. da
Lua 11. 17. Dia. Junho 13 do Sol 8. 3. Dia. Noveb. 22. da Lua
9.16. Noute. 1761 Mayo. 88. da Lua. 11.17. Dia. 1762 Mayo. 8. da
Lua 3.3. Dia. Outubr. 17 do Sol 8. 15. Dia. Novebr. 1. da Lua
8.25 Dia. 1764 Março 17. da Lua 11. 39 Noute. Abril. 1. do Sol
10.46. Dia. Este calculo he feito segundo a Tabua
de Struyck calcolada pelo Meridiano de Amsterdam, e reduzidas as
horas para o meridiano de Lisboa; pois achando-se pelo
preferente Eclipse ser Amsterdam mais oriental que Lisboa 16
graos, e r. min. q̃ he huma hora, e 5 min. que dà a diferença do
tempo que se determina para o seu principio, conservando-se
proporcionadamente esta mesma differença, se fez a prezente
reduçaò, que quando se naò considere exacta, ao menos naò se
desviará muito da verdadeira aparencia de Eclipse. Para se
conhecer ou a differença dos lugares, ou a variedade dos
Astronomos, offereço a calculaçaõ que em diversas partes de
Europa se fez deste ecyldse de 26. Outubro do anno 1753. Lisboa.
Londres. Amsterdam. H. H. H. P. 7. 44. 8. 33. 8. 9. M. 8. 55. 9.
44. 10. 00 F. 10. 12 10. 50 11.10 D. 2. 28. 2. 23. 2.21. E. d.
11. 20. 8. 24. 8. 0. De que se segue segundo estes calculos. Que
Londres he mais oriental que Lisboa 12.g. 1. Que Amsterdam he
mais oriental que Lisboa 16.g. 1. Sendo a diferença das h. do
Eclypse no seu principio. De Londres para Lisboa ———— h. 00. 49.
De Amsterdam para Lisboa ——— h. 00. 5. E por esta ordem se
poderam regular as mais longitudes em quanto os oscuradores
Modernos nam derem certeza posterior a este calculo feito com
antecipassam de tempo.